quinta-feira, 29 de maio de 2008

Heróis e Anti-Heróis

Relamente, foi uma quarta-feira daquelas, dramática e emocionante. Uma quarta-feira que nos reservou para o seu final o melhor de seu tempero, as disputas por pênaltes. Disputas emocionantes até a última cobrança e que tonificaram o heroísmo de uns e a depeção de outros.
No Morumbi, dois heróis da nova geração corinthiana, mostraram que é possível um time com valores individuais, inicialmente, considerados "limitadíssimos", transformar estes valores em jóias cuja preciosidade só mesmo a luta e dedicação em é capaz de lapidar. Falo dos heróis da noite, Chicão e Felipe. O primeiro pela atuação impecável nos 90 minutos, coroada com um gol espetacular em cobrança perfeita de falta e o segundo que sabe como poucos se recuperar de suas falhas valorizando os seus acertos, e que acertos, junto à torce que o idolatra. Lembra e muito o Ronaldo.
Para o Botafogo fica a nostalgia de ter praticado mais uma vez um futebol competitivo durante a competição, mas que na hora da decisão, os heróis de sua campanha parecem perder inexplicavelmente suas forças, tornando-se incapazes de repetir as boas atuações anteriores. Ontem sobrou para o Zé Carlos, mas é assim mesmo. Ficou para a próxima, o que parece um dilema para o Botafogo, já há dez anos.
Em São Januário, Edmundo provou mais uma vez, que ele e os pênaltis não são bons companheiros, foi o herói do jogo ao aproveitar o rebote do goleiro do Sport que errou ao rebater a bola pra dentro da pequeno área, e além de tudo no pé do Edmundo que marcou o segundo e levou o jogo para os pênaltis. Na hora de sua cobrança, sabe-se lá o que acontece com este herói de tantas conquistas, por tantas diferentes equipes, que na hora das cobranças de pênaltis não vai nem a porretadas, bate mal mesmo. É craque de bola, mas que não consegue bater pênalti bem, isto ele não consegue mesmo.
Na Argentina, sem pênaltis, sobrou para o "goleirão" do Boca a contribuição com o Anti-Heroísmo da noite, ao cometer uma falha ridícula em um chute nem tão forte assim do Thiago Neves. Melhor para o Fluminense, melhor para o criticadíssimo Fernando Henrique, que em seus altos e baixos, ontem estava nos "altos", fechou o gol garantindo sua noite de heroísmo e o valiosímo empate para o tricolor carioca.

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